A recente tentativa de supressão de carreiras por parte da empresa CARRIS, sem qualquer consulta prévia aos órgãos autárquicos e sem qualquer aviso aos utentes, vem recolocar no centro do debate político a discussão acerca da política de transportes e da necessidade de coordenação desta num nível supra-municipal.
Esta empresa, que tem como missão a “prestação do serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros”, não tem tido um comportamento aceitável, nem junto dos órgãos autárquicos legitimamente eleitos pela população, nem junto dos seus utentes da Amadora, pois esta não foi a primeira vez que esta empresa tomou decisões que afectam o quotidiano de milhares de pessoas de uma forma unilateral.
Já no passado a empresa CARRIS, sem qualquer aviso, alterou ou suprimiu carreiras, sem apresentar qualquer estudo de impacto económico, ambiental ou social, que pudesse tentar sequer justificar a sua decisão empresarial.
De facto, estamos perante uma tendência preocupante de reduzir paulatinamente a qualidade do serviço, através da modificação de horários, gerando assim instabilidade na vida económica e social do município, mas sobretudo através da diminuição das carreiras que servem milhares e milhares de munícipes.
O Partido Social Democrata recusa-se a acreditar que esta política tenha como finalidade a apresentação de um cenário de insustentabilidade económica que sirva como racional para o despoletar de um processo de supressão global das carreiras que servem o nosso município.
Acresce ainda a nossa perplexidade pela adopção por parte da Carris de medidas ambientais contra cíclicas, pois o enfoque de uma empresa com estas características deveria ser o aumento da qualidade do serviço, diminuindo assim o uso de viatura própria.
Os ganhos económicos e ambientais são de tal forma evidentes que justificariam por si uma inflexão das medidas tomadas por esta empresa.
Este cenário altamente penalizador para as populações da Amadora, para as actividades económicas locais e para a defesa do ambiente não pode continuar.
Neste sentido, o PSD Amadora vai pedir, com carácter de urgência, audiências com o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, com o Presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa e com o Presidente do Conselho de Administração da Carris.
A existência de um serviço de transporte público urbano pressupõe relações estáveis e previsíveis entre quem presta o serviço e as populações. O PSD Amadora considera que a existência destas condições é essencial para a qualidade de vida de todos aqueles que vivem, trabalham e estudam na Amadora.
PSD AMADORA
